Foi realizado na noite do último sábado, dia 20 de junho, a manifestação contra os ataques homofóbicos que ocorreram no dia 14 de junho, durante e depois da 13ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. Os casos de maior repercussão foram o da bomba caseira atirada na Rua Dr. Vieira de Carvalho, que resultou em 30 vítimas, e o espancamento que culminou na morte de Marcelo Campos Barros.
Exatamente às 19 horas, um grupo de ativistas iniciaram o ato na própria Vieira de Carvalho, em frente ao Café Vermont. Um texto com o título "Homofobia, basta! Justiça, já!" e apitos foram distribuídos para as pessoas que aos poucos se juntaram ao grupo. Ao todo, cerca de 300 manifestantes se reuniram timidamente no centro da rua. “Realmente acho que nem 1/3 da Parada compareceu. Muita gente fala que a Parada é um carnaval fora de época. Tudo bem ser do jeito que é, mas acontecem coisas como essas, as pessoas tinham que prestigiar. Eu acho que a Parada tem muita gente, mas pode ter mais. Temos que reivindicar contra homofobia, a bomba da Vieira de Carvalho, a morte do Marcelo. Parada não é só festa!”, disse Silvetty Montilla quando chegou e viu que não existia o número de pessoas que esperava.
Bruno Puccinelli contou que os amigos tentaram evitar que ele fosse a manifestação, pois estavam com receio de ter novos ataques. “Fiquei sabendo pela imprensa. Alguns amigos me perguntaram se eu estava louco de vir, pois seria perigoso. Sabia que não teria muita gente.”
Entre apitos, Julian Rodrigues, do grupo Corsa, tomou a frente do ato com um microfone e discursou: “Essa manifestação tem duas reivindicações: pressionar para desvendarem os culpados pelos espancamentos e a bomba, e enquanto homofobia não for considerado crime, muita gente ainda vai achar normal bater em gays, lésbicas e transexuais”.
Um dos discursos que mais chamou atenção do público foi do representante do governo de São Paulo, Luis Antônio Marrey, Secretário da Justiça e Cidadania: “Estou aqui em nome do Governo José Serra que também repudia qualquer ato homofóbico. Estamos pressionando para apurar e punir os culpados pelos ataques, senão ocorre uma estimulação da violência. São Paulo é a capital da diversidade e tem que continuar assim. Não podemos dar espaço para neonazistas e facistas”.
Representando os organizadores da Associação da Parada, o assessor César Xavier pediu para as pessoas não temerem comparecer no ano que vem, pois a Parada de 2010 deve ser ainda melhor e mais segura do que essa. A ausência do presidente Xande foi justificada, segundo representantes da APOGLBT, por um e-mail que o ameaçava caso comparecesse ao ato.
No final, todos foram apitando e gritando “Contra homofobia, a luta é todo dia”, numa passeata em direção à esquina da ruas Dr. Vieira de Carvalho e Vitória, onde foi jogado a bomba. Uma bandeira do arco-íris foi estendida no chão, enquanto ativistas sentaram em cima dela para comer a bomba de chocolate. Os discursos finais continuaram emocionantes: “Temos que ficar atentos. Basta descuidar que sai essa rataiada para atacar! Vamos mostrar para esses seres inferiores que não vamos abaixar as cabeças!”, disse o vereador Ítalo Cardoso.
Acesso em: 24/06/2009Exatamente às 19 horas, um grupo de ativistas iniciaram o ato na própria Vieira de Carvalho, em frente ao Café Vermont. Um texto com o título "Homofobia, basta! Justiça, já!" e apitos foram distribuídos para as pessoas que aos poucos se juntaram ao grupo. Ao todo, cerca de 300 manifestantes se reuniram timidamente no centro da rua. “Realmente acho que nem 1/3 da Parada compareceu. Muita gente fala que a Parada é um carnaval fora de época. Tudo bem ser do jeito que é, mas acontecem coisas como essas, as pessoas tinham que prestigiar. Eu acho que a Parada tem muita gente, mas pode ter mais. Temos que reivindicar contra homofobia, a bomba da Vieira de Carvalho, a morte do Marcelo. Parada não é só festa!”, disse Silvetty Montilla quando chegou e viu que não existia o número de pessoas que esperava.
Bruno Puccinelli contou que os amigos tentaram evitar que ele fosse a manifestação, pois estavam com receio de ter novos ataques. “Fiquei sabendo pela imprensa. Alguns amigos me perguntaram se eu estava louco de vir, pois seria perigoso. Sabia que não teria muita gente.”
Entre apitos, Julian Rodrigues, do grupo Corsa, tomou a frente do ato com um microfone e discursou: “Essa manifestação tem duas reivindicações: pressionar para desvendarem os culpados pelos espancamentos e a bomba, e enquanto homofobia não for considerado crime, muita gente ainda vai achar normal bater em gays, lésbicas e transexuais”.
Um dos discursos que mais chamou atenção do público foi do representante do governo de São Paulo, Luis Antônio Marrey, Secretário da Justiça e Cidadania: “Estou aqui em nome do Governo José Serra que também repudia qualquer ato homofóbico. Estamos pressionando para apurar e punir os culpados pelos ataques, senão ocorre uma estimulação da violência. São Paulo é a capital da diversidade e tem que continuar assim. Não podemos dar espaço para neonazistas e facistas”.
Representando os organizadores da Associação da Parada, o assessor César Xavier pediu para as pessoas não temerem comparecer no ano que vem, pois a Parada de 2010 deve ser ainda melhor e mais segura do que essa. A ausência do presidente Xande foi justificada, segundo representantes da APOGLBT, por um e-mail que o ameaçava caso comparecesse ao ato.
No final, todos foram apitando e gritando “Contra homofobia, a luta é todo dia”, numa passeata em direção à esquina da ruas Dr. Vieira de Carvalho e Vitória, onde foi jogado a bomba. Uma bandeira do arco-íris foi estendida no chão, enquanto ativistas sentaram em cima dela para comer a bomba de chocolate. Os discursos finais continuaram emocionantes: “Temos que ficar atentos. Basta descuidar que sai essa rataiada para atacar! Vamos mostrar para esses seres inferiores que não vamos abaixar as cabeças!”, disse o vereador Ítalo Cardoso.
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