quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Obama indica transexual para cargo federal

Amanda Simpson, que até 2002 atendia pelo nome Mitch, foi indicada pelo presidente dos Estados Unidos para um cargo no Departamento de Comércio.


PIONEIRA Amanda Simpson, transexual de 46 anos, foi indicada por Obama para cargo no Departamento de Comércio dos Estados Unidos.

Quando ainda era candidato a presidente dos Estados Unidos, Barack Obama prometia “mudança” para o país. Após um ano no cargo, conseguiu alguns sucessos, como a reforma do sistema de saúde, mas ainda enfrenta os mesmos problemas de seus antecessores em outras áreas. No recrutamento de funcionários públicos, entretanto, Obama é mesmo um inovador, e se tornou o primeiro presidente da história do país a indicar um transexual para um cargo de confiança.


A nova empregada do Estado americano é Amanda Simpson, de 46 anos, que até os 39 vivia como Mitch Simpson. Segundo o site da televisão americana Fox News, citando o jornal Arizona Daily Star, Mitch se tornou Amanda em 2002, quando gastou US$ 70 mil em seis cirurgias para se tornar mulher.


Amanda, que começou a trabalhar no escritório de Indústria e Segurança do Departamento de Comércio dos EUA nesta terça-feira (6), é, há três anos, membro da diretoria do Centro Nacional de Igualdade de Trânsgeneros (NCTE, na sigla em inglês). Ao site da organização, Amanda disse estar “realmente honrada” com a contratação. “Espero que logo [o governo federal] tenha centenas de transgêneros, e que a minha indicação crie oportunidades para muitas pessoas”, afirmou ela.


À rede de televisão ABC News, Amanda disse estar apreensiva pois muitas pessoas podem achar que ela foi indicada apenas por sua opção sexual, e não por seus méritos. “Ser a primeira ou uma das primeiras é muito ruim. Eu prefeiria não estar nessa posição, mas alguém tem que estar”, afirmou ela.


As dúvidas sobre a capacidade de Amanda somem com uma breve análise de seu currículo. Ex-piloto com 20 anos de experiência, Amanda trabalhou por 30 anos na indústria de defesa e aeroespacial. Ela é formada em Física, Engenharia e Administração e, antes de ser contratada pelo Departamento de Comércio, atuava no setor de tecnologia avançada da Raytheon, uma fabricantes de mísseis em Tucson, no Estado americano do Arizona.

De acordo com a Fox News, Simpson ficou famosa em 2004, quando se tornou a primeira transexual a vencer uma eleição primária nos Estados Unidos. Ela disputava, pelo partido Democrata, um cargo na Câmara de Representantes do Arizona (equivalente aos deputados estaduais no Brasil), mas acabou sendo derrotada na eleição geral.

Amanda Simpson é a primeira transexual indicada por um presidente, mas não é a primeira em um cargo federal. O primeiro foi o advogado Diego Sánchez, nascido como mulher, contratado em 2008 como conselheiro de Barney Frank, um membro da Câmara dos Representantes abertamente gay.



REDAÇÃO ÉPOCA

Publicado em: 06/01/2010 - 13:02 - ATUALIZADO EM 06/01/2010 - 13:26
Acesso em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI114534-15227,00.html

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Uma escola gay para todos

No último dia 16/12, o governo de São Paulo assinou convênios com 300 entidades culturais. O objetivo era destinar R$ 54 milhões do Fundo Nacional de Cultura, da Lei Rouanet, para os Pontos de Cultura, que tem a missão de “desesconder o Brasil”, isto é, reconhecer e reverenciar a cultura viva do nosso povo.


Dentre os projetos, havia um único destinado ao fazer e saber de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros. Uma ideia da drag queen Lohren Beauty, de Campinas, que quis criar um espaço de aprendizagem, valorização e reprodução dessa gaia cultura: a Escola Jovem LGBT, a primeira do País.


A notícia foi matéria de capa deste Correio, em 23/12, e ganhou manchetes nacionais. Recebemos centenas de e-mails de jovens interessados na escola, de professores das mais diversas áreas se oferecendo para dar aulas. Mas, com as manchetes, vieram também as críticas.


Muita gente se deixou levar pelo nome “Escola Gay” ou “Escola para gays” e nem se deu ao trabalho de buscar mais informação antes de sair falando em guetos e passados sombrios. Besteira. A escola nunca se propôs a ser um ambiente fechado, só para gays. Assim como gays, lésbicas e travestis podem circular e expressar sua sexualidade em todos os lugares, qualquer pessoa, de qualquer orientação sexual, é muito bem-vinda na Escola Jovem.


Outros questionamentos foram mais inteligentes: existe mesmo uma cultura LGBT? Por que há a necessidade de estimular essa cultura?


Vejam só: a escola nem abriu ainda e já está cumprindo seu objetivo maior que é o de estimular o debate e vencer o preconceito. Afinal, pré-conceito é um conceito formado quando há falta de conhecimento sobre determinado assunto. Para combater a homofobia, o preconceito contra homossexuais, é preciso debater, divulgar e dar visibilidade ao universo LGBT — não só entre legebetês, mas em toda a sociedade.


Para isso, a Escola Jovem LGBT possui duas estratégias. Uma é ser uma escola gay, sim, mas aberta a todos. A todos, claro, dispostos a conhecer e respeitar o universo gay. Não à minoria mais reacionária e homofóbica, irracionalmente contra os homossexuais independentemente de qualquer explicação. Essas pessoas, infelizmente, não estão abertas ao diálogo.


Nossa outra estratégia envolve oferecer ferramentas necessárias para que a própria população LGBT possa fazer o que lhe é negado: expressar-se. E aqui entra a explicação sobre o que é essa cultura LGBT e por que é essencial apoiá-la.


Cultura LGBT é a cultura que enfrenta não a cultura heterossexual, mas a cultura heteronormativa, isto é, a cultura que esmaga toda manifestação de diversidade sexual na sociedade. É a heteronormatividade que censura beijos gays nas novelas, que proíbe as escolas tradicionais de abordar a homossexualidade de maneira positiva, que força os meninos a usarem azul e as meninas, rosa. E essa cultura perversa que nega às pessoas LGBT mais de 70 direitos, como o de construir família e patrimônio, e
estimula o assassinato e o suicídio de pessoas LGBT. Uma cultura fruto do machismo e da xenofobia, opressões que alimentam o sistema capitalista.


Apoiar a cultura LGBT é dar ferramentas para que o jovem LGBT se expresse e construa a cultura na qual prefere viver. É estimular esses jovens a encontrar a felicidade na diversidade, na construção de suas verdadeiras identidades, sem precisar fingir que são heteros.


Como diz Célio Turino, criador dos Pontos de Cultura, o nome surgiu do discurso de posse do ministro Gilberto Gil, que falava em “um do-in antropológico, um massageamento de pontos vitais da Nação”. A Nação para a qual olhamos não é um conjunto de estereótipos e tradições inventadas. É um organismo vivo, pulsante, envolvido em contradições e que necessita ser constantemente energizado e equilibrado.


É dessa acupuntura social que a Escola Jovem LGBT é parte. Ou seja, o que está em questão não é o que vamos ensinar, mas, sim, o que todos nós, campineiros e brasileiros, vamos aprender com essa nova juventude gay.


Deco Ribeiro, jornalista e educador, é diretor da Escola Jovem LGBT, fundador do Grupo E-jovem de Adolescentes Gays, Lésbicas e Aliados
(www.e-jovem.com) e Conselheiro Nacional de Juventude junto à Presidência da República.



Publicado em 5/1/2010, na pag. A3 do Jornal Correio Popular (Campinas/SP)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Edital Cine Mais Cultura - Estado de Santa Catarina

27 de novembro de 2009

Edital Cine Mais Cultura - Estado de Santa Catarina

Inscrições até 29 de janeiro de 2010

Confira o edital e os anexos:

Edital

Anexo I _ Equipamentos

Anexo II _ Municípios Prioritários

Anexo III _ Requerimento de Inscrição

Anexo IV _ Projeto Técnico

Anexo V _ Carta de Anuência de Espaço

Anexo VI _ Carta de Ratificação de Espaço

Anexo VII _ Carta de Custeio e Manutenção

Anexo VIII _ Carta de Anêuncia Equipe

Anexo IX _Termo de Permissão de Uso

Anexo X_ Secretarias de desenvolvimento Regionais

E-mail: edital@cinemaiscultura.org.br
Site: www.cinemaiscultura.org.br

(21) 2580-3631 r.238


Novo processo seletivo para o Curso de Doutorado do PPGNEIM








Conforme aprovado pela Câmara de Pós-Graduação da UFBA, o Programa de

Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres realizará
em fevereiro de 2010 um novo processo seletivo para o curso de
doutorado.

O edital de seleção deverá sair na segunda semana de janeiro e as
inscrições provavelmente acontecerão na última semana também de
janeiro.

A título de orientação prévia, recomendamos a leitura do edital
anterior que se encontra nesta pagina no link "noticias", bem como os
links sobre "processos acadêmicos" e "processo seletivo"

Fiquem atentas(os) para a divulgação do edital na página: Clique Aqui

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FAVOR DIVULGAR
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